segunda-feira, 24 de junho de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Tom Whalen

A imagem abaixo foi carregada em 20 de dezembro de 2010 no blog Spacenite 2. Seu autor é o artista Tom Whalen, um mestre na arte vetorial.


Uma característica interessante das artes de Tom é que elas lembram o tom épico dos cartazes de propaganda de guerra. Esse assunto é tão rico e extenso que daria não somente um artigo, mas uma tese ou até um livro. Hoje temos muito mais informação sobre os horrores da guerra, o que torna mais difícil romantizá-la. Mas mesmo assim, a guerra persiste, e para sustentá-la é necessário não somente ter armas e suprimento, mas manter os soldados e os que os sustentam motivados. A guerra também cria demanda por mais e mais soldados, visto que eles naturalmente perecem em campo de batalha, e por isso é necessário motivar outros candidatos (mesmo que eles não tenham opção).

Na primeira edição da revista Rom Spaceknight, que aqui no Brasil foi publicada no Almanaque Premiere Marvel nº 2 da extinta editora Bloch, o próprio Rom conta para Brandy Clark que os galadorianos foram convocados pelo primeiro-diretor do planeta para formarem um exército que defendesse seu mundo do ataque dos Espectros. Ao contrário da maioria das exposições sobre a guerra, na qual líderes tentam mover o povo contra uma nação com a justificativa de uma missão, de um dever ou até de um direito de vingança ou revanche, o dirigente galadoriano expôs a situação: eles eram pacíficos, não sabiam como lutar e estavam prestes a serem atacados por uma frota armada até os dentes e que contava ainda com o poder da feitiçaria, desconhecido por eles. Eles precisavam se defender, e o único meio de criar soldados rapidamente era transformando pessoas em ciborgues.

Almanaque Premiere Marvel nº 2

Ninguém estava morrendo de vontade de virar ciborgue, por mais difícil que a situação estivesse. Na verdade, embora as palavras do dirigente trouxessem medo, a selvageria dos Espectros era algo desconhecido para um povo que só conhecia paz há muito tempo. Não era apenas coragem que se exigia do povo, mas a consciência do perigo. Era preciso inspiração e motivação para fazer com que a indecisão cessasse quando havia pouco tempo para montar um exército. E a propaganda de guerra foi um rapaz chamado Rom, que ergueu sua mão solitária em meio a multidão e se ofereceu para salvar o planeta da destruição.

Rom não se justificou por um direito ou por um destino, apenas fez o que era necessário. Ele foi heróico. Ele foi o maior de todos os Cavaleiros Espaciais.

Palmas para Tom Whalen!

Pena que não temos uma foto dele. Mas temos seu site, onde você pode conferir dezenas de artes fantásticas como a que ele fez para o líder dos Cavaleiros do Espaço.