sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Ian Lynam

A ilustração abaixo é de autoria do artista Ian Lynam. Ele possui um estúdio de design em Tóquio, Japão, para onde se mudou após trabalhar algum tempo em Los Angeles, Estados Unidos.


Lynam afirma que o diferencial em sua arte são os detalhes. Nesta ilustração, ele retrata Rom como uma criatura formada por cubos. O céu parece um papel de parede, mas a posição de Rom pode criar uma ilusão de que há uma grade impedindo-o de ter acesso à vegetação. Ou você pode pensar que ele está assumindo uma atitude ameaçadora.

Talvez Lynam tenha se inspirado em Rom #42, na história "Lead me not into temptation (não me deixe cair em tentação)".

Quadro de Rom #42, página 8, arte de Sal Buscema
 

Lynam resgata alguns fatos presentes ao longo da série Rom Spaceknight:

  • Gálador é retratado como um planeta onde a tecnologia convive em harmonia com a natureza;
  • Rom sofre por estar enclausurado na armadura, sem poder sentir e perceber como quando era humano;
  • O aspecto cibernético de Rom o faz destoar de qualquer paisagem da Terra. O fato dele ser um estranho, um forasteiro, é acentuado ao máximo pela sua aparência divergir dos terráqueos.
Lynam também simplificou Rom, colocando-nos a questão de como as crianças na série o veriam: um ser prateado, grande, com olhos vermelhos brilhantes. Algo que esquecemos quando crescemos é que quando somos crianças nossa capacidade de abstração é muito maior.

Esta é a história de Rom: um homem persistente no cumprimento de seu dever, mas atormentado pela incerteza de voltar a ter uma vida normal.

Palmas para Ian Lynam!

Ian Lynam

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por David Cousens


A imagem abaixo é de autoria de David Cousens. Ele e sua esposa Sarah são excelentes artistas digitais e vivem na região Sul-Oeste da Inglaterra (uma subdivisão política do país), de onde mantém o blog Cool Surface.



Em uma entrevista ao site Artfuls, David disse que quanto era jovem queria ser 4 coisas: um pilot de X-Wing (Star Wars), um artista, um lutador de luta-livre e um Transformer. Embora tenha se tornado um artista, David parece não ter perdido o desejo de ser Transformer, pois retratou Rom como se fosse um. No entanto, um Transformer é uma forma de vida cibernética inteligente enquanto Rom é um ciborgue. Mas o que chama a atenção nessa interpretação de David para o maior de todos os Cavaleiros do Espaço é que Rom e Optimus Prime, o eterno líder dos Autobots, tem muito em comum. Eles são líderes, são corajosos, nobres e altruístas.

Optimus Prime
Além disso, os dois personagens tiveram origem em brinquedos. A figura de ação Rom fracassou comercialmente, enquanto os Transformers tornaram-se um sucesso. Uma parte da diferença dos resultados está no projeto do produto. Observe no site A World Through Lenses como a figura de ação de Optimus Prime é muito mais legal do que a de Rom, vista no site Toys You Had.

No entanto, Rom teve uma série em quadrinhos de longa duração e suas histórias afetaram significativamente o Universo Marvel. O problema é que os direitos sobre Rom são da Hasbro, que não cede à Marvel e também não faz nada com eles. Poderiam se unir numa produção que mostrasse os Cavaleiros do Espaço na épica defesa do planeta Gálador. Enquanto ficamos vendo continuações sem rumo, remakes de remakes e mais do mesmo, poderíamos ter algo diferente. Ver o implacável Terminator e a controversa Starshine lutando ao lado das centenas de guerreiros ciborgues contra a incontável frota dos Espectros.

Na verdade, eu enviei uma proposta para um filme de Rom, junto com uma defesa do retorno do personagem, à Hasbro, Marvel e Disney. As três responderam pelos seus departamentos jurídicos que agradeciam, mas não trabalhavam com "ideias não solicitadas". A Disney foi a mais legal, pois mandou uma carta com a carinha do Mickey, um cumprimento em espanhol (tudo a ver, já que moro no Brasil) e uma explicação que não pagar por ideias nos Estados Unidos não é uma coisa boa, é uma oportunidade de processar alguém.

Terminator, Starshine e Rom
Mas, já que tantas coisas improváveis já ocorreram no cinema, por que não sonhar com essa improbabilidade?

Palmas para David Cousens!

David e Sarah Cousens




sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Uland Krzyz

A imagem abaixo foi carregada em 20 de dezembro de 2010 no blog Spacenite 2 e é de autoria de Uland Krzyz, um artista residente em St Paul, estado de Minessota, Estados Unidos. Ele é especialista em obras que sugerem morte e degradação.


Uland retrata o elmo de Rom em um cenário que lembra o fundo do oceano, já afetado pela submersão na água há algum tempo. Rom já esteve no fundo do mar em mais de uma ocasião, como falamos no post sobre Todd Hoffman. Inclusive selecionamos uma imagem que mostra Rom inerte no fundo do mar, na costa leste dos Estados Unidos.

O elmo é retratado da forma que Steve Ditko, co-criador do Homem-Aranha, desenhava Rom. Sal Buscema fazia um brilho vermelho no lugar dos sensores ópticos de Rom, enquanto Ditko apenas desenhava grandes círculos vermelhos. O fato de ter escolhido o traço do último artista a desenhar a revista Rom Spaceknight é mais um ingrediente da sugestão de algo que acabou, está terminado, encerrado, sepultado.

Bem, Megatron, o líder dos Decepticons também estava sepultado no fundo do mar, e mesmo assim foi reativado e resgatado. 

Ainda não é o fim para o Maior de Todos os Cavaleiros do Espaço! Se até um guaxinim falante tem sua vez, porque não um herói galante e altruísta, do tipo que precisamos para inspirar as crianças, em vez de ensiná-las a atirar primeiro e perguntar depois?

Que tipo de herói você quer que as crianças admirem?

Palmas para Uland Krzyz!



sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Bill Mantlo

Entre 1974 e 1989 William Timothy Mantlo, vulgo Bill Mantlo, trabalhou no roteiro de várias revistas da Marvel Comics. Dentre seus trabalhos, dois merecem maior destaque. Um por ter ganhado o prêmio Eagle Award de 1980 na categoria "História em Quadrinhos Continuada Favorita". O outro por ter sido um caso raro de uma série longa com um único roteirista do início ao fim. Esses trabalhos são, respectivamente, os Micronautas e Rom, o Cavaleiro do Espaço.

Bill Mantlo nos anos 70 
A foto acima foi obtida no blog Admiradores de Bill Mantlo. A mesma imagem pode ser encontrada no site Comic Vine, onde você pode ver as capas dos 680 trabalhos catalogados de Bill.

Bill Mantlo.
Esta outra foto é do blog Marvel Comics of the 1980s.

Estes são os dois principais trabalhos de Bill Mantlo:

Os Micronautas (1979-1984)

Primeira edição dos Micronautas

Rom, o Cavaleiro do Espaço (1979-1986)


Ambos foram publicados parcialmente no Brasil. Os Micronautas saíram pela editora abril na revista Heróis da TV. E Rom saiu nas revistas Almanaque Premiere Marvel da RGE e O Incrível Hulk, X-Men e Superalmanaque Marvel da editora Abril.

Em 2014, será lançado o filme Os Guardiões da Galáxia. Esse filme terá como um de seus protagonistas Rocket Raccoon. Rocky Raccoon foi criado por Bill Mantlo em parceria com Keith Giffen.

Rocket Raccoon (batendo) no traço de Sal Buscema
Uma possível caracterização dessa criação de Bill foi exibida pela Marvel:

Rocket Raccoon na prévia do filme Guardiões da Galáxia
Pois bem, esse rapaz, que roteirizou mais de seis centenas de histórias, e que finalmente terá um personagem criado por ele no cinema, por onde ele anda?

Bem, ele não anda mais, pelo menos não como antes.

Bill Mantlo e sua cunhada Liz

A foto acima foi tirada por Mike Mantlo e publicada no blog de Greg Pak. Bill foi atropelado em 1992 e sofreu uma séria lesão cerebral. Essa história é contada, com alguns detalhes sobre o estado atual dele, no site LifeHealth. Ele precisa de cuidado permanente e seu seguro social foi esgotado. Várias campanhas foram criadas para ajudar a mantê-lo, como a venda do livro Bill Mantlo: a Life in Comics e o leilão de artes sobre Rom, o Cavaleiro do Espaço publicadas no blog Spacenite 2. O irmão de Bill recebe doações para cuidar de Bill e permitir que ele, embora prisioneiro em um estado frágil, desfrute de momentos alegres como este:
Liz, Bill e Mike Mantlo em 2012
E aí, será que a Marvel/Disney vai pelo menos dar algum crédito a Bill Mantlo quando os Guardiões da Galáxia estrearem no cinema?
 









quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por David Holsey

A imagem abaixo foi carregada no blog Spacenite 2 em dezembro de 2010 e é de autoria de David Holsey. David é responsável pelo BLOG FOR ROM FANS WHO AREN'T DICKS, onde publica mashups sugerindo encontros de Rom com outros personagens, artes originais de Rom e notícias sobre o maior de todos os Cavaleiros do Espaço. Você pode questionar que notícias se Rom não aparece mais em sua forma ciborgue desde o final da série Rom Spaceknight. Na verdade, dezenas de pessoas ainda fazem referência a Rom e David reúne todas as referências que encontra em seu blog.



A ilustração de David faz referência a uma das criações dos Espectros: os Vigilantes. Eram robôs, criados pelos machos cientistas, que dispunham de um grande arsenal de armas. Sua primeira aparição foi na revista Rom Spaceknight #16.

Rom #16

A história mostra que Rom já havia encontrado esses robôs antes e os conhecia bem. A luta entre Rom e um Vigilante desperto acidentalmente por crianças em Clairton tornou-se um ponto de virada na estadia de Rom na Terra. Nesse dia os cidadãos de Clairton se uniram ao galadoriano para derrotar a máquina destruidora criada pelos Espectros. Essa história foi entitulada "Uma Cidade Agradecida" na tradução para português, que saiu na revista O Incrível Hulk nº 19, da editora Abril.

O Incrível Hulk nº 19, Editora Abril
Em 2014 a Marvel irá lançar o filme Os Guardiões da Galáxia, onde vários personagens espaciais terão seu lugar. Quando será que a Marvel reconhecerá o valor de Rom e o trará de volta, para que ele ocupe o posto que lhe é de direito, o de Maior de Todos os Cavaleiros do Espaço?

Palmas para David Holsey! Conheça seu blog!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Orlando Sanchez

"Não me pude vencer, mas posso-me esmagar, 
- Vencer ás vezes é o mesmo que tombar"

Este é um trecho do poema A Queda, do poeta português Mário de Sá Carneiro. Ele se relaciona bem com a ilustração abaixo, de autoria do artista Orlando Sanchez, residente na cidade de Austin, no estado norte-americano do Texas. Relaciona-se porque a ilustração mostra o elmo de Rom em meio à relva, com os sensores ópticos desligados e uma aparência de que ele está ali há bastante tempo, esquecido, perdido, abandonado.

Rom liderou um grupo de mil jovens que nunca tinham ido à guerra contra um inimigo superior em número, armamento e experiência, além de dispor do recurso da feitiçaria, desconhecido pelos galadorianos. Ele lutou durante dois séculos contra os Espectros até os derrotar definitivamente. E ainda, depois disso, teve de enfrentar Ego, o Planeta Vivo, a Guarda Imperial Shi'ar e a nazi-fascista segunda geração de cavaleiros espaciais, que exterminou a vida humana em Gálador. Após triunfar sobre tudo isso, hoje sua memória jaz esquecida. O imponente elmo de Rom está oculto em meio à relva do descaso, na floresta fechada da esterilizadora legislação de propriedade dos Estados Unidos, que priva uma boa ideia de ser utilizada e da falta de visão dos gestores da Hasbro, Marvel e agora Disney.

Enquanto isso, guaxinins falantes preparam-se para estrear filmes...


Palmas para Orlando Sanchez, auto-retratado abaixo, que ilustrou tão bem a queda no esquecimento de um memorável marco da ficção científica nos quadrinhos de super-herói.




segunda-feira, 24 de junho de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Tom Whalen

A imagem abaixo foi carregada em 20 de dezembro de 2010 no blog Spacenite 2. Seu autor é o artista Tom Whalen, um mestre na arte vetorial.


Uma característica interessante das artes de Tom é que elas lembram o tom épico dos cartazes de propaganda de guerra. Esse assunto é tão rico e extenso que daria não somente um artigo, mas uma tese ou até um livro. Hoje temos muito mais informação sobre os horrores da guerra, o que torna mais difícil romantizá-la. Mas mesmo assim, a guerra persiste, e para sustentá-la é necessário não somente ter armas e suprimento, mas manter os soldados e os que os sustentam motivados. A guerra também cria demanda por mais e mais soldados, visto que eles naturalmente perecem em campo de batalha, e por isso é necessário motivar outros candidatos (mesmo que eles não tenham opção).

Na primeira edição da revista Rom Spaceknight, que aqui no Brasil foi publicada no Almanaque Premiere Marvel nº 2 da extinta editora Bloch, o próprio Rom conta para Brandy Clark que os galadorianos foram convocados pelo primeiro-diretor do planeta para formarem um exército que defendesse seu mundo do ataque dos Espectros. Ao contrário da maioria das exposições sobre a guerra, na qual líderes tentam mover o povo contra uma nação com a justificativa de uma missão, de um dever ou até de um direito de vingança ou revanche, o dirigente galadoriano expôs a situação: eles eram pacíficos, não sabiam como lutar e estavam prestes a serem atacados por uma frota armada até os dentes e que contava ainda com o poder da feitiçaria, desconhecido por eles. Eles precisavam se defender, e o único meio de criar soldados rapidamente era transformando pessoas em ciborgues.

Almanaque Premiere Marvel nº 2

Ninguém estava morrendo de vontade de virar ciborgue, por mais difícil que a situação estivesse. Na verdade, embora as palavras do dirigente trouxessem medo, a selvageria dos Espectros era algo desconhecido para um povo que só conhecia paz há muito tempo. Não era apenas coragem que se exigia do povo, mas a consciência do perigo. Era preciso inspiração e motivação para fazer com que a indecisão cessasse quando havia pouco tempo para montar um exército. E a propaganda de guerra foi um rapaz chamado Rom, que ergueu sua mão solitária em meio a multidão e se ofereceu para salvar o planeta da destruição.

Rom não se justificou por um direito ou por um destino, apenas fez o que era necessário. Ele foi heróico. Ele foi o maior de todos os Cavaleiros Espaciais.

Palmas para Tom Whalen!

Pena que não temos uma foto dele. Mas temos seu site, onde você pode conferir dezenas de artes fantásticas como a que ele fez para o líder dos Cavaleiros do Espaço.





terça-feira, 21 de maio de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Ben Perkins

Ben Perkins é um artista norte-americano, residente na cidade de Portland, no estado de Oregon. Em 20 de dezembro de 2010 a arte abaixo, de sua autoria, foi carregada no blog Spacenite 2.

Ela mostra Rom sendo atacado ferozmente por criaturas que lembram os aliens logo após saírem dos ovos. É interessante notar que não há nenhuma história de Rom em que ele enfrente tais criaturas. No entanto, sabemos que Rom levou duzentos anos para chegar à Terra, desde que iniciou sua caçada aos Espectros. 

Quantos perigos e ameaças ele não deve ter encontrado durante esse tempo? O suficiente para que a Marvel lançasse uma série nova de Rom, algo como Rom: 200 anos de guerra. Mas parece que continua remota qualquer possibilidade de retorno do maior de todos os Cavaleiros do Espaço, por parte de ambos os envolvidos, Hasbro (que tem os direitos) e Marvel (que publicou a revista Rom Spaceknight nos anos 80).

Como seria maravilhoso ver Rom encontrando as mais variadas raças fictícias já criadas. Já pensou? Rom encontrando predadores, aliens, vulcanos, romulanos, klingons, marcianos, os insetos gigantes de Tropas Estelares, além das raças criadas pela Marvel. Quantas possibilidades criativas enterradas no Limbo pelo desprezo a um grande personagem.

Palmas para Ben Perkins, por mostrar as possibilidades!

Ben Perkins




terça-feira, 23 de abril de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Jon Wilcox

Este é um dos posts mais esperados por mim. A ilustração abaixo é de autoria de Jonathan Wilcox, um artista originário da cidade de Detroit, nos Estados Unidos. Ela foi carregada no blog Spacenite 2 em 20 de dezembro de 2010 e é uma piada sobre os equipamentos que Rom utiliza.

A história é a seguinte: um francês encontra Rom na rua. Não sabemos onde, só sabemos que o rapaz é francês por causa do estereótipo. Ele diz: "ROM?! Eu não posso crer que você está aqui! Eu gosto tanto de... falar... " (o balão do Rom tapa parte da fala do francês).

Rom, como um bom alienígena realista, não entende francês, porque não tinha Wizard nem Aliança Francesa em Gálador. Então ele diz: "Eu não posso compreender este homem. Vou usar meu tradutor". Só que Rom empunha o Neutralizador, para desespero do rapaz, que fala: "Espere! Esse é o Neutralizador, não o Tradutor!"

Mas como não entende o que o rapaz diz, Rom dispara sua arma, que abre um rombo no tórax do francês. Ao ver o resultado inesperado, Rom olha por sobre o ombro, para algum portal para a dimensão onde ele guarda seus instrumentos de trabalho e vê que o tradutor está lá. Ao perceber o equívoco, causado pela semelhança entre eles, Rom solta a frase preferida dos franceses para situações frustrantes: "merde!".

Bem, é claro que isso é uma piada e nunca aconteceria nas histórias de Rom. Ele invoca seus instrumentos com comandos mentais, por isso não poderia se confundir pela aparência. Além disso, os instrumentos não são tão parecidos. O Analisador e o Neutralizador tem alguma semelhança, mas podem ser distinguidos, como se vê nas imagens abaixo. O tradutor, então, não tem nada a ver com os outros dois.


O Analisador de Energia de Rom



O Neutralizador de Rom, a maior arma de Gálador


O Tradutor de Rom

Além disso, o Neutralizador jamais matou um ser humano, pelo contrário, ele curou pessoas de câncer e reverteu uma contaminação por raios gama, que gerou uma criatura semelhante ao Hulk. O Neutralizador é uma arma pacífica, ao contrário de um sabre de luz. Ele abre um portal para o Limbo, desliga qualquer máquina e elimina radiação.

Mas uma coisa é verdade, a ligação de Rom com a França. As histórias de Rom foram publicadas na revista francesa Strange, que foi editada até 1988. Lá ele é conhecido como Rom le Chevalier de l'espace, tradução literal do inglês, e que é o título da história de Jon Wilcox. As histórias de Rom foram publicadas na revista Strange entre as edições 134 e 137. Abaixo, sua estreia na terra de Josefine:

Strange #134 - estreia de Rom na França

Aliás, as capas de Rom para a revista Strange feitas por Jean Frisano são todas lindas. Futuramente faremos uma série de posts sobre elas, quando terminarmos de comentar as artes de Spacenite2.

 E palmas para Jon Wilcox!
Jon Wilcox

terça-feira, 9 de abril de 2013

Rom Biografia Não Autorizada à venda no PerSe

A Hexalogia de Rom, o Cavaleiro do Espaço

Rom Biografia Não Autorizada - Volume I
Rom Biografia Não Autorizada - Volume II
Rom Biografia Não Autorizada - Volume III
Rom Biografia Não Autorizada - Volume IV
Rom Biografia Não Autorizada - Volume V
Rom Biografia Não Autorizada - Volume VI







terça-feira, 26 de março de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Sebastián Fiumara

A arte abaixo é do artista argentino Sebastián Fiumara. Sebastián produziu vários trabalhos com heróis da Marvel e atualmente trabalha para a Dark Horse, onde ilustrou a série de Abe Sabien, personagem coadjuvante de Hellboy.



A leitura de Rom por Sebastián é mais robótica que humana, como se pode perceber pelas articulações da perna. Os cabos que saem de seus ombros ficaram maiores e pouco discretos. 

Rom observa uma enorme fonte de luz, que parece ser uma explosão. Algo como um poste pode ser visto ao longe.

Durante os dois séculos de sua jornada para banir todos os Espectros para o Limbo, Rom presenciou destruição por todos os lugares onde passou. Embora tenha salvado muitas pessoas de incontáveis ameaças, várias vezes ele não pode impedir a destruição, pois os heróis verdadeiros tem limites.

Isso ocorreu no Canadá, em Rom #56, quando o maior dos Cavaleiros do Espaço, sua companheira Starshine II e a Tropa Alfa enfrentaram peixes modificados pela magia dos Espectros. As feiticeiras espectrais romperam a barragem e os heróis não conseguiram conter a fúrias das águas, lutando desesperadamente para salvar o máximo de pessoas, não podendo, no entanto, salvar a todas.
 
Abaixo vemos duas cenas da fictícia cidade de Beaverkill Valley. Na primeira, Rom e Starshine II contemplam a cidade, e vemos que ela está temerosamente situada abaixo do nível da represa. Na segunda, a cidade destruída pelas águas, rompidas pela magia dos Espectros.
 
Beaverkill Valley antes
Beaverkill Valley depois
Essa história não foi publicada no Brasil, provavelmente pelas dificuldades que a editora Abril tinha em acompanhar a cronologia das histórias Marvel nos Estados Unidos. Por isso os leitores brasileiros deixaram de presenciar o encontro de Rom com os maiores super-heróis do Canadá.
 
Mas você pode conhecer essa história, e outras que não foram publicadas aqui, com comentários e referências, no volume V de Rom Biografia Não Autorizada: A Guerra.

O diferencial dessa história é o fato de mostrar heróis como seres limitados, que perdem e fracassam como todos, mas que não desistem de insistir em lutar. E também somos lembrados da ingratidão humana, que não valoriza aquilo que foi feito, apenas lembra do que não foi realizado.

Infelizmente, não consegui encontrar nenhuma foto de Sebastián Fiumara. É a segunda vez que isso ocorre desde o início deste blog. Que pena. Mas você pode conferir uma amostra de sua fantástica arte em seu blog. e em sua página no Facebook

Mas de todo modo, palmas para Sebastián Fiumara!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Atsushi Ikeda

Atsushi Ikeda é um ilustrador japonês conhecido por causa de seus robôs feitos com shadowgraph, que é é um método óptico que revela não-uniformidades nos meios transparentes como água, ar, ou de vidro. Suas obras são reproduzidas principalmente em grandes cartazes, vestuário e CDs.


Uma das coisas pelas quais o Japão é conhecido são os robôs gigantes das séries live-action que lá recebem o nome de tokusatsu. Na verdade, o Japão é um dos países mais avançados na área de robótica, e uma dos motivos prováveis é o fato dos robôs serem encarados na ficção científica japonesa de forma positiva. 

Observe que nas produções japonesas, os robôs são geralmente bons. Robôs maus, ou que se revoltam contra seus criadores são encontrados em produções estadunidenses, como o Exterminador do Futuro, Matrix, Battlestar Galactica e O Abismo Negro (Maximilian). E quando uma produção japonesa mostra um robô mau, geralmente é porque está sendo produzida em conjunto ou sob a ordem de um estúdio estadunidense.

Quem me chamou a atenção para isso foi o ilustríssimo Eloi Juniti Yamaoka, especialista em preservação digital.

Os robôs nas obras de ficção japonesas são geralmente heróis, como Astroboy, Megaman, ou os parceiros de heróis, como o Daileon de Jaspion, o Changerobô e o Flash King. Até o Homem-Aranha ganhou um robô-gigante quando sua série (Supaidaman) foi produzida na terra do sol nascente.

Ikeda retratou Rom como um robô gigante. A aparência pouco lembra o Cavaleiro do Espaço, e acrescente-se a isso o fato de Rom não ser um robô, mas um ciborgue. Contudo, podemos pensar que sua arte não tem como base ser uma reprodução da aparência de Rom, mas de sua essência: um heroi.

Palmas para Atsushi Ikeda!

Atsushi Ikeda

domingo, 27 de janeiro de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Patrick Gildersleeves

A imagem abaixo, carregada no blog Spacenite 2 em 19 de dezembro de 2010, é de autoria de Patrick Gildersleeves. Patrick é um ilustrador britânico, cuja arte parece emprestar um pouco das técnicas de ilustração orientais, mais notadamente da China e da Índia.

Rom escondido entre as folhagens
Na imagem, vemos um rapaz descobrindo Rom em meio às folhagens, sob o olhar espantado de outro e dos risos de uma jovem. Parece uma alusão ao fato de que Rom está esquecido hoje e sua imagem, sem estar associada a nenhum contexto, pode provocar uma dessas duas reações. 

Ainda não finalizei a leitura de Superdeuses, de Grant Morrison, que é uma pequeno resumo da história dos quadrinhos de super-heróis em meio à sua autobiografia cheia de entorpecentes, mas cheguei à parte em que Morrison fala de Flex Mentallo, citando-o como um "super-herói à moda antiga". Morrison é um grande escritor e eu admiro várias obras suas, mas ele é arrogante em alguns aspectos, como quando tenta menosprezar o trabalho de Alan Moore. Talvez pelo fato de ser escocês, Morrison também valorize mais o quadrinho britânico e deixe de citar várias obras estadunidenses memoráveis em detrimento de outras mais conhecidas.

Morrison não cita Rom. Talvez nem o conheça. Mas o que me irritou foi falar de Flex Mentallo como "o mais nobre e mais abnegado super-herói" de todos os tempos. Sinto muito, Morrison, mas seu super-herói é apenas um rascunho do estereótipo da Era de Ouro. Nunca houve um super-herói mais nobre e abnegado do que Rom, o maior de todos os Cavaleiros do Espaço.

Palmas para Patrick Gildersleeves!

Patrick Gildersleeves