segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por James Gulliver Hancock

A imagem abaixo foi carregada no blog Spacenite2 em 19 de dezembro de 2010. Ela é de autoria de James Gulliver Hancock. Em seu site, James afirma que se sente doente quando não está desenhando e que tem medo de não ser capaz de desenhar tudo no mundo, pelo menos uma vez. Ele cresceu em Sidney, na Austrália, onde estudou Comunicações Visuais na Universidade de Tecnologia da cidade na qual se formou com direito a medalha e honras. James produziu trabalhos para várias empresas da Austrália, Estados Unidos e Inglaterra e foi ilustrador de diversos livros.



A interpretação de Rom por James é extremamente profunda. Ele representou Rom como um gigante cujo corpo é formado por um amálgama de artefatos tecnológicos. 

Pela proporção das pessoas mostradas aos pés de Rom, ele tem quase a mesma altura de Galactus. Isso é interessante, pois Rom foi um dos poucos seres capazes de enfrentar Galactus e impedir que ele devorasse um planeta. Mas há outro significado nisso. Hoje a tecnologia parece estar acima do ser humano. Ou melhor, os produtos criados pela tecnologia são quase endeusados. O relacionamento aumenta nas redes sociais, mas diminui no convívio próximo. A tecnologia faz com que a distância aproxime as pessoas  ao mesmo tempo que a proximidade as distancia. O homem perde a importância, passa a ser um detalhe. Ele que deveria ser protagonista, torna-se uma peça. O produto que deveria servir termina por escravizar. Talvez não seja necessário que uma Skynet crie Exterminadores para que as máquinas dominem a Terra. O próprio homem se entrega deliberadamente ao controle das máquinas.

Claro, estamos falando de um homem urbano, que não representa o todo. Mas infelizmente ele representa a parte que domina o restante.

É interessante que o tema de dominação do homem pela máquina foi tratado duas vezes na série Rom Spaceknight. A primeira já foi citada aqui no post sobre David Velásquez. A segunda ocorre quando Rom retorna à Gálador e encontra uma nova geração de Cavaleiros Espaciais, que se considera superior aos humanos e está os exterminando, na ausência dos Cavaleiros originais.

Brandy Clark foge dos Novos Cavaleiros Espaciais
Essa nova geração de ciborgues foi criada com mais aparência de máquina e menos de humanos. Mas sem uma ameaça para enfrentar e com um imenso poder, eles passaram a desprezar os que outrora foram seus semelhantes. O poder corrompeu completamente esses Cavaleiros, que nem de longe lembravam os bravos guerreiros que livraram Gálador dos Espectros.

Sempre é perigoso quando alguém considera algo ou alguém superior, seja a si mesmo ou a outrem. Aquele que se considera superior acredita que os outros devem lhe servir, ou que devem ser eliminados. Mas o homem não deve ser escravo de ninguém. Como diria Optimus Prime, "liberdade é um direito de todos os seres conscientes".


Palmas para James Gulliver Hancock!

James Gulliver Hancock


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Todd Hoffman

A imagem abaixo foi carregada no blog Spacenite2 em 19 de dezembro de 2010, e é de autoria de Todd Hoffman. Todd trabalha com arquitetura e ambientes, design gráfico e ilustrações em geral.


A interpretação de Rom criada por Todd é curiosa, por mostrar Rom se protegendo da chuva à beira da calçada, mas com uma expressão de grande temor. A impressão é que ele não quer se molhar de modo algum ou está com medo de atravessar a rua.

Na verdade, isso é realmente uma piada. Com relação a água, Rom não tem nenhum problema, tanto que ele já esteve debaixo d'água em pelo menos duas oportunidades. A primeira é quando ele libera a energia absorvida do Valete de Copas na estratosfera e cai inerte no mar, próximo à costa leste dos Estados Unidos, mas depois desperta, apenas com amnésia, não por causa da água, mas do choque da explosão e da queda. A segunda é quando ele é atingido por um monstro marinho e afunda no oceano atlântico, onde encontra Namor, o Príncipe Submarino.

Quadro final de Rom #12, com Rom no fundo do mar
 
A revista francesa Strange #165 mostra Rom nadando com Namor
 
Com relação ao medo de atravessar a rua, também seria algo estranho a Rom. Uma vez, quando estava disposto a impedir o casamento de Brandy Clark com Steve Jackson, ele parou diante de um menino para impedir que ele fosse atropelado. O carro se chocou com as pernas de Rom, que nem se mexeu.

Rom evita que um garoto seja atropelado


Palmas para Todd Hoffman.
Todd Hoffman e Ronald McDonald



quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Rom Biografia Não Autorizada. Volume VI - O Fim

Todo começo tem um fim... 

Depois de 200 anos combatendo os Espectros pelos confins do universo, Rom, o Cavaleiro do Espaço, parte para sua jornada final, de volta ao planeta Gálador. Mas nada é fácil na vida do maior de todos os Cavaleiros Espaciais.

Após derrotar os Espectros na Terra, Rom inicia uma viagem em busca de seu planeta natal, movido de sua posição original por Galactus. Nessa viagem ele irá visitar vários mundos e raças alienígenas e reencontrará velhos companheiros... o que nem sempre se traduzirá em algo bom.

Bill Mantlo faz da fase final da saga de Rom a mais reflexiva da série, com discussões profundas sobre temas diversos como felicidade, egoísmo, tolerância, sobrevivência, covardia, ambição, vingança, hipocrisia, medo e desprezo. 

Esta é primeira parte do volume VI de Rom Biografia Não Autorizada, intitulado como O Fim.

Rom Biografia Não Autorizada. Volume VI - O Fim
Essa fase ainda conta com participações especiais de Ego, o planeta vivo, da Guarda Imperial Shi'ar e do Beyonder. Para quem achava que a história de Rom acabava com a derrota dos Espectros, esse volume traz quase que exclusivamente histórias que ainda são inéditas no Brasil, incluindo os anuais de Rom, dos quais somente um foi publicado aqui.

O Volume VI ainda conta com capítulos especiais, que vão desde histórias dos Espectros, até a discussão sobre o mito do herói, passando pelas obras que influenciaram Rom e as que tiveram influências dele, pelas aparições de Rom na televisão e por uma curiosa similaridade entre a história (real) de Rom e a farsa do Sentinela.

Sem  contar a emocionante conclusão. Não a conclusão da série do Rom, mas da hexalogia Rom Biografia Não Autorizada. Você não pode perder.

O livro está disponível no PerSe, assim como os volumes anteriores:

  1. A Criatura do Espaço
  2. O Amor e a Perda
  3. O Devorador e a Vampira
  4. O Príncipe e o Guerreiro
  5. A Guerra
  6. O Fim
Ego, o planeta vivo, no traço de John Byrne

Guarda Imperial Shi'ar, no traço de Dave Cockrum
Beyonder, no traço de John Byrne